11.111,1 Km

É um marco giro. 🙂

De resto nada de especial a assinalar.

Tem sido carregar, andar, carregar, andar…

Até se torna monótono. 😀

Para a semana, lá para o fim, vou trocar os pneus. Vamos ver a diferença que é. Vou “calçar” uns Pirelli SL26.

Depois informo das diferenças que encontrei.


Andar à chuva de mota

Através de um companheiro das motas eléctricas, que tem outro companheiro que pertence a um moto-clube e, normalmente no inicio da estação das chuvas, envia estes conselhos aos novatos nestas andanças (como eu 🙂 ).

Algumas das coisas não se aplicam a nós das eléctricas, como o facto de usar mudanças altas… mas tem outros que sim.

Aqui vão os conselhos para que todos possam beneficiar da experiência dele:

A chuva intensa que tem caído pede a repetição de algumas sugestões, especialmente para os companheiros novatos que recentemente se inscreveram nesta mailing list.

Antes de sair, devemos sempre nos certificar de levar o vestuário adequado e ajustado, uma vez que nada pior do que uns fundilhos encharcados para desviar a concentração.

Impermeável, luvas, botas… e a viseira do capacete devidamente limpa, de preferência com produtos ou acessórios anti-embaciamento.

Vamos para a rua:

Chuva intensa é igual a enlatados totalmente embaciados, o que implica em cuidados triplicados, uma vez que o clássico “Não o vi” terá aqui muito maior expressão.
Assim, muito cuidado no pára-arranca e nas mudanças de direcção.
Arrancar suavemente e evitar mudanças bruscas de direcção.
Usar tanto quanto possível mudanças “altas”, para minimizar o risco de patinar a roda traseira.
Nada de razias, uma vez que uma rajada de vento pode desviar ligeiramente a nossa trajectória e precisamos de mais espaço para corrigir.
A travagem passa a ser um jogo delicado, em que o “joker” é nunca bloquear o pneu da frente, o que implicaria em queda certa.

Gostava de lembrar que, apesar de alguns companheiros recomendarem a não utilização do travão da frente, tal conselho é errado, uma vez que a maioria das motos têm o seu peso mais sobre a frente, sendo, por isso, a roda da frente a principal responsável pela travagem, mesmo em piso molhado.
Portanto, repito, travar sempre com o cuidado necessário a não bloquear a roda da frente.

Continuando: Passámos o trânsito super-engarrafado dos dias de chuva e chagamos a estrada aberta:

Deixamos de nos preocupar tanto com os enlatados, e começamos a dar gás. A viseira vai limpando com a deslocação do ar, mas o vento começa a assustar-nos.
A reacção normal é reduzir o andamento, mas isso só vai fazer com que a instabilidade aumente.
O segredo está em acelerar um pouco mais, e agacharmos-nos o mais possível. O aumento da velocidade vai compensar os efeitos da deslocação do vento, mas, atenção, não nos vamos esquecer que o piso está molhado e este aumento de
velocidade deve ser dentro dos limites da prudência.
É nestas situações que se percebe o incómodo de usar fatos de chuva demasiado largos.
Se o vento for mais ou menos constante, um “truque” prático é por o joelho para fora do lado do vento. A perna faz um efeiro de “vela” que faz endireitar a mota. Permite circular confortavelmente em locais como a PVGama ou CREL.

Finalmente, uma palavra de cautela: Não insistam em circular se não se sentirem seguros! Mais vale parar debaixo de uma ponte ou perto de uma paragem de autocarro e esperar uns minutos até que a “borrasca” passe.
Andamos de mota, por isso, esses minutos perdidos podem ser facilmente recuperados, não é?

Obrigado Volt pela informação e obrigado Saraiva por partilhares estes conhecimentos com quem tem menos experiência.

Espero que também ajude quem por aqui passa.


10.000 Km

Mais de 10.000Km

Tenho pena de o meu telefone não tirar fotografias, mas pronto…

Fica a marca.
E já agora aproveito para contar uma coisa curiosa que se passou comigo.
Fui a uma oficina de motas trocar pastilhas. Fiquei a saber que meti óleo a mais no sistema e isso levou ao desgaste prematuro das pastilhas, ou seja, as pastilhas duravam mais do que os 10.000Km, mas como gosto de aprender, e como acho que errando é que se aprende muito, lá aprendi mais esta.
Bom, voltando à conversa, com o mecânico (que faço já um aparte que era um apaixonado pelas motas, e deve ter alguma competência porque vai ao Paris-Dakar ou lá como se chama isso agora …) na conversa fiquei a ter noção que aquilo que nós dizemos e pensamos não é tão mentira… ou seja, dizia-me ele que não gostava de mexer em eléctricas porque só fazia duas coisas, pastilhas e travões. E que já tinha dito ao patrão que era mau para o negócio. E começou a debitar uma série descomunal de material que uma CI leva numa revisão e de extras que se podem por (tipo escapes de rendimento, etc.).
Ou seja, aparentemente não somos assim tão fundamentalistas em dizer que o  “status quo”  não deseja esta troca por que vai perder imenso dinheiro com isso nas revisões.

Também foi honesto dizendo que via que do lado do cliente era uma excelente opção.
Falta dizer que foram excelentes com a mota, sangraram o travão e apenas me cobraram as pastilhas. Há! E foi feito sem marcação e ao fim do dia como maneira de me desenrascar. E digo mais, não me conheciam de lado nenhum! Muito bom serviço, na minha opinião.

E pronto. Já estou pronto para mais 10.000Km

P.S.: Foi apenas as pastilhas traseiras